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terça-feira, 4 de agosto de 2009

Uma tarde para mergulhar na tradição espanhola das touradas!!!

Entender por que a praça de touros de Las Ventas, em Madri, Espanha, é o principal palco das touradas na Europa não é difícil quando você desembarca do metrô e avista a construção imponente com capacidade para mais de 23 mil pessoas. Sua arquitetura de estilo árabe mistura tijolos aparentes, arcos geminados e decoração em azulejos azuis pintados à mão. A tauromaquia, definida pelo dicionário da Real Academia Espanhola como a "arte de lidar com touros", tem origem secular controversa. Já foi considerada uma arte trazida pelos muçulmanos no século VIII, mas estudos atuais sugerem que a tourada espanhola é mais antiga, resultado de diferentes tradições. Foram encontrados, por exemplo, registros de lutas com touros na época do Império Romano, por volta do século III a.C. Hoje a tourada é alvo de críticas pela Europa e dentro da própria Espanha. As entidades de proteção aos animais são as principais vozes contra a prática, apontada como uma tradição ultrapassada e cruel. Muitas cidades já baniram o espetáculo, mas a capital espanhola ainda mantém um público fiel que não poupa esforços para defender seu passado. Sentado sozinho na arquibancada de Las Ventas em um final de tarde de um domingo, um senhor de 60 anos intromete-se na conversa de um confuso grupo de turistas. Eles tentam entender o programa do espetáculo daquele dia e são informados de que não um, mas seis touros serão sacrificados na arena. "É uma luta democrática", apressa-se logo a dizer, antecipando-se ao olhar assustado dos forasteiros. O show Inaugurado em 1931, Las Ventas abriga a temporada de touradas entre março e outubro, com espetáculos principalmente aos domingos. A entrada pelo grande portal principal estava organizada em um dia de primavera, repleto de turistas e suas câmeras fotográficas. É preciso percorrer compridos corredores à procura de seu lugar (leia abaixo como escolher o melhor) antes de dar a primeira olhada na arena. Uma vez lá, a primeira impressão é que você voltou no tempo e está prestes a assistir a um duelo de gladiadores e leões na época do Império Romano. A arena do espetáculo tem o chão forrado de areia, com marcações de cal delimitando um espaço circular. Nas bordas, alguns portões dispostos de forma simétrica. Ao redor, os espectadores se espalham pelas arquibancadas - muitos alugam na entrada uma pequena almofada para encarar o ritual com mais conforto, visto que as arquibancadas não dispõem de assentos. Em um espetáculo tradicional, há três toureiros e cada um deles tem que abater dois touros. Para isso eles contam com uma equipe que vai minando a resistência do animal antes da entrada triunfal do protagonista. O show começa sempre com o toureiro mais experiente. A indumentária é um espetáculo à parte. Enquanto fazem movimentos de aquecimento com os capotes - os panos vermelhos, de forro amarelo -, os toureiros reluzem com suas roupas de seda colorida e os bordados em ouro. O espetáculo começa ao som de uma banda que entoa músicas tradicionais enquanto os profissionais se apresentam ao público, circulando pela arena sob aplausos e assobios. O espaço da arena é então esvaziado. A furiosa entrada do primeiro touro é acompanhada do silêncio da platéia. O ímpeto do animal faz com que os ajudantes do toureiro se preocupem, em um primeiro instante, em cercá-lo. Para isso, recorrem com muita frequência aos recuos de madeira que existem na parede da arena. Uma vez delimitado o espaço ao redor do bicho, entram os picadores - os toureiros a cavalo que espetam o animal com lanças. Os cavalos ficam vendados e protegidos com lonas especiais, o que não impede que eles também saiam feridos do embate. As estocadas fazem o touro perder sangue e a força nos músculos. O choque dos chifres contra o cavalo é violento e chega a desestabilizar o toureiro. Com a saída dos picadores, o trabalho passa aos banderilleros. Eles devem enfiar varas curtas com ponta de arpão (banderillas) nas costas do animal, perto do pescoço, uma região cheia de terminações nervosas. A intenção é atiçar o touro para a batalha final, além de continuar desestruturando sua resistência. O trabalho dos banderilleros é acompanhado com o fervor do público mais fiel. A performance é fascinante. Ao se lançar, sem proteção, em direção ao boi, os auxiliares do toureiro têm que desenvolver uma técnica de flexibilidade do corpo. Com a mesma agilidade, devem chegar muito perto do animal para fincar as varas e, logo em seguida, se afastar correndo. Se acertarem as duas varas ao mesmo tempo são devidamente aplaudidos, mas se errarem apenas uma delas os aplausos dão lugar às vaias. A ação acontece três vezes. A exigência do público aumenta com a entrada do toureiro principal, conhecido como matador. Para a parte final, ele traz consigo um pano vermelho mais curto montado em um bastonete de madeira; na outra mão ele segura uma espada. A cada manobra mais arriscada - com o touro rente ao corpo ou um toureada feita de joelhos, por exemplo - a platéia vibra com o tradicional "olé!". Para finalizar o embate, o matador distrai o cansado animal, deixando-o com a cabeça baixa. Um movimento certeiro e a espada é fincada quase que inteira no prolongamento da coluna. O ideal é que a investida seja feita apenas uma vez para que o animal caia morto segundos depois. Caso o toureiro não acerte de primeira, o público não hesita em vaiar novamente. A reação é a mesma se o matador demorar demais para finalizar o confronto. Os mais exaltados levantam e gritam "mata-o!". Com o animal morto e ensanguentado no chão, a plateia se divide: alguns aplaudem de pé, outros se levantam para ir embora - neste caso, os turistas - e outros permanecem boquiabertos. O desempenho do matador é avaliado pelos lencinhos brancos que ele consegue angariar do público. Se muitos começam a se chacoalhar após a apresentação, é sinal de reconhecimento de uma grande performance. E quando mais da metade do público saúda a apresentação desta forma, ele é premiado com a orelha do animal. Este tipo de premiação é muito importante para a carreira de um matador. Quanto maior o número de orelhas em seu currículo, maior o seu prestígio profissional. Os seis touros sacrificados em cada espetáculo têm a mesma origem e todos são preparados exclusivamente para o dia de sua morte. Eles são criados em cativeiro por cerca de quatro anos, com dieta especial. Depois de mortos, a carne dos animais é vendida a açougues. O touro morto deixa a arena arrastado por cavalos a galope enquanto a banda toca mais uma música tradicional. Do animal, resta apenas um rastro de sangue marcado na areia. Como escolher seu lugar: Os ingressos dependem do tipo de espetáculo do dia e da fileira escolhida. Os preços podem variar de 2 a 126 euros. As arquibancadas são divididas em diversos setores: quanto mais alto, mais barato. A disposição do sol também influencia. As filas com sol são mais baratas dos que as de "sol e sombra" e "sombra". No site (http://www.las-ventas.com/) é possível visualizar a tabela de preços e um mapa explicando a localização de cada fileira. Os bilhetes são vendidos pela internet, telefone, locais autorizados (como as lojas Fnac) ou nas próprias bilheterias do local. Onde comer: 1. Los Timbales - lugar agradável para provar as famosas tapas espanholas: aperitivos com ingredientes tradicionais do país, como o jamón, servidos em pequenas porções. Peça uma caña (copo de cerveja) para acompanhar. Calle Alcalá, 227, Ventas 2. Los Clarines - além das tapas, este restaurante com motivos taurinos oferece diversas receitas que levam peixes como ingrediente principal. As porções são bem servidas. Calle Bocángel, 2, Ventas 3. El Chaflán - restaurante estrelado pelo guia Michelin, tem cardápio exclusivo criado pelo premiado chef Juan Pablo Felipe e é considerado um dos melhores da culinária espanhola em Madri. Avenida Pio XII, 34, Chamartín Onde ficar: 1. Hostal Salamanca http://www.hostalsalamanca.com/index.html) - localizado a menos de 1km de Las Ventas, este hostal é limpo e bem arrumado. Oferece dois tipos de quarto, sendo um deles ideal para quem procura uma opção econômica e não se importa em dividir o banheiro. Diárias a partir de 40 euros. Calle José Ortega y Gasset, 89, tel. (34) 914 024 046 2. NH Parque Avenidas (http://www.nh-hoteles.es) - situado no bairro de Salamanca, o hotel da rede NH dispõe de piscina, quadra de tênis e um restaurante de cozinha mediterrânea recentemente remodelado. Diárias a partir de 70 euros. Calle Biarritz, 2, tel. (34) 91 3610288

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